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Mesmo depois de ter construído sua carreira

Hoje é o dia da Consciência Negra para que possamos refletir sobre a luta diária que muitas pessoas enfrentam. Vou citar uma personalidade conhecida, mas que talvez não esteja listada entre os nomes mais incrivelmente revolucionários sobre o racismo. Porque escolhi a história dela para compartilhar com vocês? Essa não é a pergunta correta, o certo seria: e porque não?

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Não podemos dizer que uma pessoa negra sofreu mais do que outra e por isso merece ser mais homenageada, todos vivem dia a dia as suas batalhas. E por isso todas as histórias merecem ser contatadas. Mesmo na era da informação, pasmem, existem pessoas que ainda não tem real noção do quanto é difícil superar limites impostos por uma sociedade preconceituosa.

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Então vamos espalhar reflexão e conscientização. Eu estou aqui escrevendo, mas não sou uma mulher negra, por isso não há muito o que eu possa falar nesta data. Posso estudar tudo sobre este assunto, mas nunca terei propriedade suficiente para falar como uma pessoa negra se sente quando sofre racismo.

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Entretanto posso compartilhar uma história com você, para que reflita comigo como podemos melhorar nossas atitudes.

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Jornalista brasileira, Glória Maria foi a primeira repórter negra na televisão do Brasil, com estreia em novembro de 1971. Na época, ela também foi a primeira mulher a usar a Lei Afonso Arinos contra discriminação racial no Brasil, quando o gerente de um hotel de luxo não permitiu que ela entrasse pela porta da frente do prédio.

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Hoje, mesmo depois de ter construído um currículo grande e passado por cerca de 156 países, Glória Maria admite que ainda sofre preconceito.

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'Negro não entra' - Na década de 1970, Gloria Maria foi barrada na porta de um hotel de luxo, na zona sul do Rio. "Preto tem que entrar pela porta dos fundos", disse o gerente. A jornalista chamou a polícia e usou a Lei Afonso Arinos contra a discriminação racial no Brasil. O funcionário que a ofendeu foi demitido. O caso gerou ruidosa repercussão na época.

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Sofrimento na pele - Durante os 10 anos nos quais comandou o Fantástico, a apresentadora sofreu inúmeros ataques racistas por carta e e-mail. "Atingia a minha alma e o meu coração. Mas nunca fraquejei, nunca desisti", escreveu numa rede social. A Globo recebia ligações de telespectadores exigindo que Gloria Maria fosse substituída por uma apresentadora branca.

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Bate-boca com o general - A jornalista contou algumas vezes que virou desafeta do presidente João Batista Figueiredo, último do regime militar. Os dois tiveram uma discussão que foi ao ar no Jornal Nacional. "Desde esse dia, passou a me odiar. E onde eu chegava, dizia para a segurança: 'Não deixa aquela neguinha chegar perto de mim'", contou Gloria Maria ao Projeto Memória Globo.

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